Que dimensão tem aquela pequena aldeia, para quem praticamente nunca de lá saiu? E que dimensão pode ter essa mesma aldeia para os outros?
Para os que sempre fizeram na sua aldeia a sua vida e sempre a viram, como o seu assento único; que grandeza tremenda eles conseguem obter desse seu território, tão limitado fisicamente!
Que enormidade tem toda a sua vida, para quem consegue extrair de um naco de terra tão pequena, a dimensão de todo um mundo!
Que paz de espírito, atingem na plenitude de eremita, naquele seu refúgio, reduto quase exclusivo – um tesouro único, no seu mundo tão especial!
Que sedução e cumplicidade existem entre ambos?
E que dimensão tem todo esse usufruto mútuo, que nós outros, com toda a nossa insaciável e incansável procura por todo o lado, nunca conseguiremos alcançar?
Que segredo terão guardado e que os mantêm tão firmes, dedicados e satisfeitos, na sua pequenina aldeia e por toda a vida?
Tal segredo, só pode advir do pó daquela terra ancestral e que já viu nascer e cuidar de tantos que também já foram felizes como eles.
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