José Porvinho é aquele lado de mim, que também pode estar dentro de cada um de vós(nós)...


NO CIMO DO MONTE


Já repararam que no cimo de uma serra, passam sempre muitos mais aviões! Porque será?
Será por estarmos mais perto do céu (mais altos), que nos faz elevar toda a nossa presença? Ou será, pela grandeza que representa a serra, com a dimensão maior de tudo o que a vista alcança? Ou será ainda, da pequenez que nos desperta toda a atenção, lá longe, da vida atribulada na sofreguidão barulhenta do dia-a-dia, que nos distrai e empata a “viola”? Ou será da solidão e da calmaria envolvente, que nos conforta e até, aconchega, em toda a sua magnitude? Ou talvez seja, de toda a beleza que inebria de tão estonteante e que nos faz transportar tão repentinamente e repetidamente de cá, até lá... longe!?
No fundo, não sei a resposta.
Talvez, quando lá voltar... ao cimo do monte, encontre a resposta correcta. Particularmente, quando voltar a sentir todos aqueles aromas a encher os pulmões a pleno céu, a abrir os olhos ante tamanhos cenários e “ouvendo” toda a passarada e todos os aviões, que riscam o céu por linhas rectas entrecruzadas.

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