Quantas memórias esquecidas se perdem definitivamente na morte dos que ainda as iam lembrando e às quais, mais ninguém ligou nenhuma. Até que algum historiador mais curioso ou antropólogo mais criativo e algum outro arqueólogo mais experiente ou realizador mais reconhecido; reinvente, reformule e institua novas roupagens, a partir de um pequeno pedaço, entretanto conhecido ou de algum caco casualmente descoberto, passando a ver e a viver o seu presente, a partir da História passada e de tantas mais histórias perdidas. E que depois passamos a reconhecer como identidade e a ligar como valor. Nem que pouco tenham a ver com a Verdade, que foi já à muito esquecida!
Mas também existe uma diferença abissal e que tem a ver com as histórias de quem as vivia e que necessariamente duravam os 365 dias de cada ano. De facto, para serem bem contadas, só vivendo-as de novo, saboreando-as a plenos cinco sentidos e sofrendo-as a plenos quatro costados. Ou serão sete?
Assim, é muito mais fácil assistirmos comodamente em casa, a quem conta e descreve a História resumida com o alcance limitado e reinventado de uma longa metragem.
0 comentários:
Enviar um comentário