José Porvinho é aquele lado de mim, que também pode estar dentro de cada um de vós(nós)...


MAR, CAMPO E CÉU

Há muita gente que sente aquela atracção especial pelo mar – acabando por ficar ali defronte da sua imensidão e a admirar a sua intangível capacidade. Oh, como nos sentimos tão pequeninos ante a sua presença!
Sinceramente, acho que não tenho tanto essa necessidade como esses outros, porque todos os dias olho o céu e encontro nele toda a minha ínfima pequenez.
E também, quem é do campo e quem sempre o foi, sabe ver na terra e perscrutar através dela, toda a dimensão que tem toda a Vida e quanta insignificância nós somos e representamos.
Acho mesmo que os presos terão mais saudades do céu aberto e dos grandes espaços, no apelo das suas múltiplas formas e com o cheiro de certas flores silvestres perfumadas ao luar, ou na extensão de um campo cultivado ou de uma qualquer cordilheira vinhateira a abarrotar de uvas madurinhas; do que propriamente, dos salpicos frescos e salgados da maresia!

0 comentários: